Conforme estabelecido em reunião realizada no mês de dezembro (clique aqui), o Sindisaúde-RS retornou à cidade de São Lourenço do Sul para verificar a situação dos pagamentos aos funcionários da Santa Casa - àquela época, atrasados. Ontem (18), o diretor de Assuntos do Interior, Júlio Duarte, e o secretário-geral do sindicato, Julio Jesien, reuniram-se com o reitor da instituição de Saúde, José Ney Lamas, que informou o sindicato dos novos atrasos salariais, mas também de uma boa notícia: o recebimento de um valor no total de R$ 400 mil logo após a reunião de ontem, que servirá para quitar quase integralmente os atrasos de dezembro.
Após as cobranças dos diretores, Lamas prestou suas explicações. Segundo ele, os atrasos atuais novamente se devem por falta de repasse estadual. Até o início da reunião, do montante devido pelo Estado, que é de R$ 724 mil, só haviam sido repassados R$ 177 mil; Lamas utilizou esse valor para quitar cerca de 80% do 13º devido, restando ainda os demais 20% e a folha integral de dezembro e janeiro. Contudo, logo após o final do encontro, um documento chegou ao gestor informando a entrada de mais R$ 400 mil, que serão utilizados para aliviar os atrasos. Segundo Lamas, a folha salarial da Santa Casa é de R$ 460 mil. Assim, o sindicato aguarda que ao menos o mês de dezembro seja pago quase que integralmente até sexta-feira.
Multa por atraso
Ainda que o sindicato espere que esse problema seja resolvido por meio de negociação, os diretores advertiram Lamas de que o pagamento das multas por 13º e atraso salarial será cobrado juridicamente, se necessário - com os juros devidos. “Como é um direito do trabalhador, não vamos deixar de cobrar: direito é direito, e não se tira. Nós vamos cobrar com juros e tudo o que for devido", avisou Duarte. O gestor da instituição havia se comprometido em encaminhar a proposta de pagamento das multas por escrito até o final do dia de ontem, mas até a elaboração dessa matéria nenhum documento havia chegado ao sindicato.
Julio Jesien (à esquerda) e Julio Duarte, diretores do sindicato, e José Ney Lamas (à direita), gestor do hospital