Na manhã de quinta-feira (22/06), trabalhadores organizaram novo ato, em frente ao Hospital Santa Casa, para pressionar o Sindiberf, que se nega a negociar a reposição salarial com as categorias. O Sindisaúde-RS mobilizou sua diretoria e delegados sindicais para informar à população a atual situação dos funcionários dos hospitais filantrópicos.
A patronal tem mostrado uma intolerância muito grande para com os trabalhadores dos hospitais que representa, e se nega a repassar o INPC, mantendo sua proposta na casa dos 5%. O sindicato continua na luta, não aceitando esses valores, e, por isso, há uma mediação a ser realizada no dia 27 de junho, na sede do Tribunal Regional do Trabalho.
Presidente do Sindisaúde-RS explicou que o Sindiberf não aceita negociar.
O presidente Arlindo Ritter, mais uma vez, manifestou indignação: "Não estamos aqui para causar transtorno, como querem afirmar os patrões. Estamos aqui defendendo os interesses dos trabalhadores, que há dois anos estão sem reajuste". Já o diretor jurídico do sindicato, Luciano Soares, relatou que a Santa Casa é a empresa que mais demite trabalhadores atualmente. Além do Sindisaúde-RS, representantes do Sindicato dos Enfermeiros (Sergs) e do Sindicato dos Farmacêuticos (Sindifars) também estiveram presentes.
A vice-presidente do Sergs, Claudia Santos, também lembrou que "a Santa Casa é o primeiro hospital a criar o chamado plano de saúde popular, em uma clara tentativa de desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS)".
O ato de protesto foi realizado na manhã de ontem
Trabalhadores também distribuiram cartas abertas para os usuários
A diretora do Sindisaúde-RS e também trabalhadora do hospital, Marlise Machado, relatou o aumento do assédio moral na instituição
Fotos: Gabrielle de Paula (Assessoria Sindisaúde-RS)