A manhã desta terça-feira (18/07) foi marcada por protesto em frente ao Hospital Conceição. As categorias e o sindicato se mobilizaram para prestar solidariedade à higienizadora Raquel Furtado, demitida na última semana após denunciar ter sido vítima de assédio sexual na instituição.
Mostrando alguma timidez, o que pode até mesmo ser resultado da cultura de assédio sexual vigente na sociedade, muitas trabalhadoras colocaram no peito o adesivo “Assédio é crime”, logo retornando aos seus postos de trabalho. Houve casos de trabalhadores e trabalhadoras de outros hospitais que pediram dispensa no dia de hoje para se somar ao ato.
Trabalhadoras de outras entidades da saúde, além do GHC, chegaram a pedir dispensa para comparecer ao ato e prestar sua solidariedade à Raquel Furtado
Mais de uma trabalhadora...
... se colocou na pele de Raquel Furtado e pediu o microfone para declarar sua solidariedade e pedir: chega de assédio.
“Eu, como higienizadora, sei que ser desse setor é muito difícil, somos vistas apenas como mais uma. Mas, não: nós estamos aqui para mostrar que somos muitas e estamos unidas!”, afirmou a diretora de Gênero, Raça e Diversidade Sexual do sindicato, Ana Paula Capra.
Diretoras do sindicato, como Ana Paula Capra, da pasta de Gênero, Raça e Diversidade Sexual, concederam entrevista explicando o ocorrido...
... e buscaram conversar com usuários e pessoas presentes ao ato...
... visando à conscientização das categorias
O presidente Arlindo Ritter lembrou que o sindicato apenas está cobrando igualdade de tratamento no caso, já que o médico acusado continua desempenhando sua função normalmente.
O presidente, Arlindo Ritter, cobrou isonomia no tratamento às categorias por parte do GHC
Autoridades presentes
Assessoras do mandato da vereadora Fernanda Melchiona e da deputada estadual Manuela D’ávila estiveram no ato e reforçaram o apoio das parlamentares para a trabalhadora Raquel Furtado.
O deputado estadual Pedro Ruas, também marcou presença: “É um absurdo que mais uma vez a vítima seja culpada, com uma demissão por justa causa”, disse.
“Chega de assédio, chega de silêncio” foi o que pediram os cartazes e as mulheres ao microfone.
Além disso, o Sindisaúde-RS também mobilizou diretores e delegados sindicais para informar a população sobre os desmandos da atual gestão do GHC, representante do atual governo federal e que tem realizado diversos ataques contra a classe trabalhadora.
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Confira os convidados para o debate que o Sindisaúde-RS realizará na sede da Ashclin, a partir das 14 horas.
Presenças confirmadas
- Carine Fernandes - Assistente Social GHC
- Cláudia Carina dos Santos - Vice-presidenta do Sergs e enfermeira do HCPA
- Celia Mariana Barbosa de Souza - Enfermeira e integrante do GEAB HCPA
- Marisa da Silva - Ex-presidenta (2016/2017) do Codene; integrante do Fórum Livre de Mulheres Negras do RS; promotora Legal Popular pela Themis
Encerramento (17h): Coquetel com apresentação de Claudia Barulho & convidados.