Não teve arrego!
É fácil saber se estamos certos em nossas lutas: basta ver quem caminha do nosso lado. Não era domingo de sol no Parcão: era uma madrugada de sexta com gás lacrimogênio e bala de borracha, como sempre é quando a classe trabalhadora e os estudantes lutam por seus direitos. O Sindisaúde-RS tomou as ruas durante quase 24 horas ao lado deles, sendo novamente linha de frente na luta contra a Reforma da Previdência, assim como em 2017, quando derrubamos a tentativa de Temer.
"A mobilização foi feita nos hospitais e postos de saúde. Lutamos nas garagens e no metrô durante toda a madrugada contra a repressão do Estado através de sua polícia, e chegamos ao final desse dia com dezenas de milhares de trabalhadores reunidos para mostrar a todos que tentam nos oprimir que não vai ter arrego. Não à Reforma!", definiu o presidente Arlindo Ritter, ao lado das dezenas de milhares (estimados em 50 mil ao longo do dia!!) de trabalhadoras e trabalhadores que cantavam ao lado do Largo Zumbi dos Palmares no final do ato.
Mais uma vez, o Sindisaúde-RS é linha de frente na luta contra a Reforma da Previdência!
As lutas
Nossa diretoria começou os trabalhos por volta da 1 hora da manhã de sexta-feira (14), coletando material e pessoal e se dirigindo para as garagens de ônibus e estação de metrô, conforme relatamos (clique aqui para fotos e para a matéria).
Luta começou desde a 1h da madrugada de sexta (14). Você pode conferir mais fotos clicando aqui ou em nossa cobertura nos stories do Instagram
Após as lutas da manhã, a concentração recomeçou por volta das 14h, em frente à Secretaria Municipal de Saúde, onde o Secretário Municipal da pasta, Pablo Sturmer, fechou o portão de acesso do prédio (que é público, obviamente) aos trabalhadores que questionavam os 4 anos sem reajuste no IMESF. Com isso, a diretoria ocupou a via em frente ao prédio até por volta das 16h, protestando, alertando a população e convocando a imprensa para explicar a situação.
Em frente à SMS, junto aos trabalhadores dos postos, Sindisaúde-RS denunciou o fechamento autoritário de um prédio público, a Reforma e os 4 anos sem reajuste no IMESF
Após a SMS, a massa se dirigiu para a UFRGS, de onde partiu por volta das 17h junto aos estudantes rumo à Esquina Democrática, numa marcha que reuniu milhares de pessoas. Ao saírem da UFRGS a marcha já era enorme; contudo, a marcha que partiu da Esquina Democrática até o Largo Zumbi dos Palmares foi algo absurdamente grande. Ao chegarem no Largo, onde o ato se encerraria oficialmente por volta das 21 horas, os diretores trabalhistas no carro de som informaram que ainda havia gente descendo o viaduto da Borges, mostrando a enorme capacidade de mobilização da classe trabalhadora gaúcha, que agora se prepara para uma luta que pode ser ainda maior contra os ataques do Governo ao povo que o elegeu.
Confira a cobertura que realizamos sobre os dias que antecederam a greve, desde a assembleia do Sindisaúde-RS que aprovou nossa adesão até o dia da greve, nos stories da nossa página do Instagram. Clique aqui!
Massa de trabalhadores que se concentrou na Esquina foi estimada em até 50 mil pessoas! (crédito da foto: Luiza Castro / Sul21)
Crédito das demais fotos: Sindisaúde-RS / Stéfano Moura