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08/10/2019 - IMESF - Greve começa nesta quarta (09)!


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Agora é greve!

Já estamos entrando na segunda semana de luta e o prefeito de Porto Alegre, Marchezan, segue menosprezando os trabalhadores do IMESF. Por isso, esta quarta é dia de começar a dar um basta ao caos na saúde pública! Os trabalhadores do Instituto Municipal da Estratégia de Saúde da Família (IMESF) começam greve nos postos de saúde de POA a partir das 8h, com a maior concentração acontecendo em frente à Prefeitura de Porto Alegre. Dos 140 postos de Porto Alegre, 77 são atendidos exclusivamente por trabalhadores do IMESF. Além disso, 139 dos 140 postos contam com trabalhadores do instituto. A greve, aprovada em assembleia convocada pelo Sindisaúde-RS e mais 3 sindicatos, acontece devido ao anúncio do fim do IMESF pelo prefeito Marchezan e a demissão em massa de mais de 1,8 mil funcionários ligados à saúde da família e atenção básica de Porto Alegre. 

“O prefeito não demonstra qualquer interesse de conversar com as lideranças e com os trabalhadores, de buscar uma solução que efetivamente atenda aos interesses da população. As comunidades estão conosco desde o primeiro dia: nenhum usuário dos postos quer perder os vínculos construídos com os profissionais do IMESF. Por isso, nossa estratégia agora é tentar angariar cada vez mais apoio comunitário para aumentar a pressão sobre o governo, que age precipitadamente devido a motivos que não nos ficaram claros. Afinal, sequer há trânsito em julgado da ação no STF, e pelo menos duas boas alternativas já foram oferecidas ao prefeito via imprensa (abaixo), já que ele sequer nos recebe. Por que ele tem tanta sede de privatizar?", declarou o presidente eleito do Sindisaúde-RS, Julio Jesien.

Soluções possíveis

- O Sindisaúde-RS, a maioria da Câmara de Vereadores e grande parte dos deputados estaduais defende, como solução para a questão, transformar o IMESF em empresa pública ou autarquia. Foi o que fez a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, que passou pela mesmíssima situação que Marchezan - eles são inclusive do mesmo partido. Por lá, tudo foi resolvido sem o caos criado por aqui pelo anúncio do prefeito.

- Além disso, já está na CCJ do Senado o PL 347, que regulamenta as fundações públicas como o IMESF. Se aprovado, Marchezan sequer teria que dar fim ao IMESF.

Relembre a luta

1 - No dia 17 de setembro, logo após o anuncio do prefeito Marchezan, cerca de 500 trabalhadores fecharam seus postos e foram protestar na Prefeitura e na Câmara.

Luta começou em 17 de setembro

2 - Já no dia 19, uma assembleia foi convocada pelo Sindisaúde-RS para esclarecimentos e mais de 1000 trabalhadores e membros do Legislativo municipal, estadual e federal compareceram.

3 - Na segunda-feira seguinte (23), quase 2 mil trabalhadores, usuários do SUS e membros de comunidades de Porto Alegre e região se concentraram, em frente à Câmara de Vereadores, na luta contra a completa terceirização dos postos de saúde de Porto Alegre. Após, todos marcharam em direção à Prefeitura, onde lembraram ao prefeito Nelson Marchezan Jr. que basta ele querer evitar o fechamento de postos de saúde que ele pode fazê-lo.

Luta dura várias semanas sem que Marchezan dê ouvidos

4 - No dia 26 de setembro, o Sindisaúde-RS participou de uma reunião na Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. A pauta foi a questão da extinção do IMESF e a demissão de mais de 1,8 mil funcionários ligados à saúde da família de Porto Alegre. Presidiu a sessão o deputado deputado Jeferson Fernandes (PT).

5 - No dia 1º de outubro foi realizada a assembleia que votou pela greve.

Assembleia que definiu greve contou com mais de 600 trabalhadores (as)

5 - No dia 2 de outubro o Sindisaúde-RS entregou, nas mãos da presidenta da Câmara de Vereadores, Mônica Leal (PP), o abaixo-assinado em defesa dos trabalhadores do instituto, no qual foram coletadas 52 mil assinaturas ao longo dessas últimas semanas.

6 - Na ultima segunda-feira (07), pelo menos 35 postos de saúde da capital fecharam pela manhã e, junto com a comunidade e com o Sindisaúde-RS, protestaram contra as demissões.

Comunidades estão unidas aos trabalhadores na luta!

Lutamos, protestamos, buscamos a negociação, mas o prefeito nem quis saber dos trabalhadores. Não tem jeito, AGORA É GREVE!