Houve boa aderência dos trabalhadores do IMESF ao 1º dia de greve, aprovada em assembleia do Sindisaúde-RS no dia 1º de outubro. Enquanto a Prefeitura informou que 20 postos ficaram totalmente fechados, mas não deu estimativas de quantos sofreram impactos no atendimento, o sindicato estimou, através de seus grupos de WhatsApp, que cerca de 50 postos tiveram aderência dos trabalhadores do IMESF ao movimento paredista. Além disso, os trabalhadores solicitaram no que é, no mínimo, a 6ª tentativa, a abertura de negociações com o prefeito Marchezan. Confira abaixo!
Agenda de quinta
No 2º dia de greve, os trabalhadores vão, pelo menos pela 7ª vez, cobrar de Marchezan que sente à mesa de negociações. Tanto o prefeito quanto o Secretário de Saúde Pablo Sturmer estão descaradamente mentindo que não foram solicitados para negociar, então dessa vez iremos ao Plaza San Rafael a partir das 12h, onde o prefeito tem agenda, para cobrá-lo por suas mentiras e omissões.
9h: concentração na Câmara de Vereadores
10h: audiência pública da Frente Parlamentar em Defesa da Estratégia de Saúde da Família
12h: concentração no Plaza San Rafael, onde o prefeito estará participando de evento-almoço.
Nesta quinta, a luta continua, com o 2º dia de greve nos postos de saúde!
Movimentos da manhã
Vários postos amanheceram fechados. A partir das 8h, a diretoria do sindicato e os trabalhadores começaram a se concentrar em frente à Prefeitura de POA, cobrando do Executivo que recebam os trabalhadores para negociação. Por volta das 9h, as centenas de trabalhadores (as) reunidos (as) no Paço Municipal sairam em caminhada pelas ruas da cidade até a Câmara de Vereadores.
Aderência do 1º dia foi boa
Trabalhadores novamente pedem abertura de negociações
Lá, foi entregue à presidenta da Casa, Mônica Leal (PP), um ofício solicitando que o prefeito Marchezan receba tanto os parlamentares quanto os servidores para abrir negociações acerca da questão IMESF. "Basta que ele escute nossas propostas para que possamos negociar. No entanto, até o momento, o Executivo dá entrevistas dizendo que não foram procurados. Como não foram procurados, se já ligamos, fizemos atos, os vereadores pediram, todo mundo pediu, e eles dizem que não. É complicado negociar assim", declarou o presidente eleito do sindicato, Julio Jesien. O ofício foi assinado pelos vereadores.
Caminhada pelas ruas da cidade foi até a Câmara
Soluções propostas
- O Sindisaúde-RS, a maioria da Câmara de Vereadores e grande parte dos deputados estaduais defende, como solução para a questão, transformar o IMESF em empresa pública ou autarquia. Foi o que fez a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, que passou pela mesmíssima situação que Marchezan - eles são inclusive do mesmo partido. Por lá, tudo foi resolvido sem o caos criado por aqui pelo anúncio do prefeito.
- Além disso, já está na CCJ do Senado o PL 347, que regulamenta as fundações públicas como o IMESF. Se aprovado, Marchezan sequer teria que dar fim ao IMESF.
Centro ouviu os trabalhadores
Relembre a luta
1 - No dia 17 de setembro, logo após o anuncio do prefeito Marchezan, cerca de 500 trabalhadores fecharam seus postos e foram protestar na Prefeitura e na Câmara.
Luta começou em 17 de setembro
2 - Já no dia 19, uma assembleia foi convocada pelo Sindisaúde-RS para esclarecimentos e mais de 1000 trabalhadores e membros do Legislativo municipal, estadual e federal compareceram.
3 - Na segunda-feira seguinte (23), quase 2 mil trabalhadores, usuários do SUS e membros de comunidades de Porto Alegre e região se concentraram, em frente à Câmara de Vereadores, na luta contra a completa terceirização dos postos de saúde de Porto Alegre. Após, todos marcharam em direção à Prefeitura, onde lembraram ao prefeito Nelson Marchezan Jr. que basta ele querer evitar o fechamento de postos de saúde que ele pode fazê-lo.
Luta dura várias semanas sem que Marchezan dê ouvidos
4 - No dia 26 de setembro, o Sindisaúde-RS participou de uma reunião na Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa. A pauta foi a questão da extinção do IMESF e a demissão de mais de 1,8 mil funcionários ligados à saúde da família de Porto Alegre. Presidiu a sessão o deputado deputado Jeferson Fernandes (PT).
5 - No dia 1º de outubro foi realizada a assembleia que votou pela greve.
Assembleia que definiu greve contou com mais de 600 trabalhadores (as)
5 - No dia 2 de outubro o Sindisaúde-RS entregou, nas mãos da presidenta da Câmara de Vereadores, Mônica Leal (PP), o abaixo-assinado em defesa dos trabalhadores do instituto, no qual foram coletadas 52 mil assinaturas ao longo dessas últimas semanas.
6 - Na ultima segunda-feira (07), pelo menos 35 postos de saúde da capital fecharam pela manhã e, junto com a comunidade e com o Sindisaúde-RS, protestaram contra as demissões.
Comunidades estão unidas aos trabalhadores na luta!
Lutamos, protestamos, buscamos a negociação, mas o prefeito nem quis saber dos trabalhadores. Não tem jeito, AGORA É GREVE!